O que é e para o que serve a Terapia por Ondas de Choque?

A Terapia por Ondas de Choque (TOC) é uma técnica inovadora para o tratamento de várias doenças musculoesqueléticas, especialmente quando outros métodos terapêuticos conservadores surtiram pouco ou nenhum efeito. É uma técnica não invasiva, de baixo custo e feita em consultório.

O objetivo da terapia é desencadear a resposta de cura natural do próprio corpo. E por este motivo, é uma modalidade de tratamento que está se tornando muito comum na fisioterapia.

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Como funciona?

A terapia por ondas de choque usa um dispositivo especializado para fornecer energia acústica através da pele até a parte do corpo em que existe uma lesão. São ondas sonoras audíveis e de baixa energia, que aumentam o fluxo sanguíneo para a área lesionada.

Essas ondas causam estímulos que ajudam a dessensibilizar as terminações nervosas, proporcionando uma redução imediata da dor. Provocam microtraumas controlados (dano microscópico) aos tecidos, o que estimula o corpo a responder aumentando a circulação sanguínea e o metabolismo na área afetada. Isso ativa e acelera a resposta de cura do próprio corpo. As ondas de choque podem “quebrar” também tecidos desorganizados e calcificações.

A aplicação da técnica pode ser feita por meio de duas ponteiras: focais (que geram energia em um foco) e radiais (divergem de um foco). O tipo de ponteira escolhido, o número de sessões, a intensidade e a frequência da TOC varia para cada patologia e tolerância de cada paciente.

Como o tratamento é realizado?

Durante a sessão, um profissional capacitado ajusta a intensidade da máquina para garantir que o tecido lesado receba a energia e a dosagem necessária. Ele prescreve também exercícios adequados para a reabilitação do paciente. A combinação de terapia por ondas de choque e exercícios físicos é fundamental no tratamento da maioria das lesões. 

Após o tratamento, o paciente pode sentir dor, sensibilidade ou inchaço temporários por alguns dias após o procedimento, pois as ondas de choque estimulam uma resposta inflamatória. Esses efeitos indicam que o corpo está se curando naturalmente. Por isso, após o tratamento, é importante não tomar remédios anti-inflamatórios para não retardar os resultados.

O número de sessões necessárias varia de acordo com o diagnóstico e a duração dos sintomas. A aplicação das ondas de choque tem um efeito cumulativo no tecido lesionado. A literatura científica mostra que os pacientes devem realizar um mínimo de três sessões, sendo uma por semana.

Indicações

Há evidências que apoiam o uso da terapia por ondas de choque em muitas condições crônicas, principalmente aquelas que envolvem tecidos conjuntivos, como ligamentos e tendões.

Essa técnica é muito eficaz para pessoas com tendinopatias crônicas, chamadas de tendinite e artrose em diversas regiões do corpo.

Além disso, pesquisas têm sido realizadas para tratamentos de síndrome dolorosa miofacial e na área estética.

Entre as principais indicações estão: 

• Pés: esporão do calcanhar, fascite plantar e tendinite de Aquiles;
• Cotovelo: cotovelo de tenista e de golfista;
• Ombro: tendinite calcificada dos músculos do manguito rotador;
• Joelho: tendinite patelar, artrose;
• Quadril: bursite;
• Pernas: síndrome de fricção da banda iliotibial;
• Dor nas costas: nas regiões da coluna lombar e cervical; dor muscular crônica;
• Fibromialgia: pontos dolorosos musculares;
• Lesões do esporte.

Patologias da pele 

• Feridas não cicatrizantes;
• Úlceras cutâneas; 
• Feridas por queimadura não circunferenciais.

Existem contraindicações para a TOC?

A terapia por ondas de choque não deve ser utilizada se o paciente apresentar:

• Distúrbios circulatórios;
• Infecção;
• Tumores;
• Distúrbio ósseo metabólico.

A técnica não deve ser usada também se:

• Houver feridas abertas;
• A paciente estiver grávida.

Pessoas que usam medicamentos anticoagulantes também não possuem recomendação para tratamento com TOC.

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